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1/1/1985  Unknown Source
Video

Para promover o lancamento do novo LP do Cure, "The Head On The Door", no Brasil, a gravadora Polygram, mais a Estácio-FM e a Company promoveram uma festanca na danceteria Metropolis (Rio). Além de um vídeo inédito com um sho do Cure em Toquio, fomos todos brindados com imagens do que rola na contemporaneidade britânica.

Para surpresa minha, a casa estava insuportavel de cheia (sobre o público, vejam mais adiante). Mas os vídeos valeram a noite. Antes do Cure, assistimos aos maravilhosos Cocteau Twins, o não menos The Jesus And Mary Chain (candidato sério ao título de melhor coisa surgida na música pop do ano que finda), David Sylvain, o eterno Bauhaus e muitos outros mais. De quebra, o momento ridículo, quando adentraram a tela os grotescos hippismos do The Cult (o vocalista Ian Astbury a caráter - de palhaco).

Quanto ao Cure o show em questão vinha ainda nas águas do último álbum, "The Top". Intercalado com cenas de bastidores, o show mostra um Robert Smith em plena forma, supremo guitarrista. O destaque principal, porém - e não canso de repetir - ficou por conta do superb baterista Andy Anderson, que infelizmente já caiu fora. Seguranca e anfetamina dosadas com equilíbrio.

As músicas, em sua majoria, do penúltimo álbum - e "Caterpillar" levou os dois públicos (o de lá e o daqui) ao delírio. Mas também tivemos inesquecíveis momentos como "One Hundred Years", "Boys Don’t Cry", Mr. Smith com uma adorável fitinha no cabelo a despertar fantasias inconfessáveis. So espero que eles não virem outro lixo de consumo fácil como acontceu - infelizmente - com o U2.

Ah, sim, já ia me esquecendo: deopois de tudo, ainda presenciamos o primeiro clip oficial dos Smiths, para "The Boy With The Thorn In His Side", seguido de uma versão ao vivo para "Hand In Glove". Mas já era "celibato" (?) demais pro meu gosto.
(L.C.M.)

Estava preocupado com o taxímetro e mal notei quando o motorista parou o carro e anunciou: "Taí. Churrascaria Metr¢polis". Saltei e preparei-me pra adentrar o antro dos pos-modernos. Enquanto isso me perguntava se o bem infomado motorista sabia que o Chico Recarey da noite estava querendo comprar a Metropolis e fazer uma casa de sambãojoa.

O jornal havia anunciado que seria um lancanmento como se oproprio The Cure estivesse presente. Por isso qual não foi minha surpresa ao ver o lugar repleto de gaotões bronzeados e parrudinhos. Havia, é verdade, um ou outro cara (ou menina?) disfacardo de Robert Smith (e até um Paul Wellerzinho). Mas a majoria absoluta era dos famosos niuéives. Estaria eu na casa errada? Olhei o convite. Era ali mesmo. Foi aí que reparei escrito no convite: promocão da Company. E eis que faz-se a luz no negro véu de mistério.

E foi assim, encurralados por uma saudável multidão de infantis, que acompanhavam animadamente ao som de "obladj-obladá" os refrões das conhecidas músicas do popular conjunto The Cure, tendo que nos deslocar constantemente à procura de um lugar de onde se pudesse ver o telão e, depois de uma certa hora, sujeitos a um chopps de elevada temperatura, que eu e meus estimados colegas L. C. Mansur e Manolo G. assistimos ao otimo vídeo Concert do Cure.

Em tempo: a insuportável lotacão do Metr¢polis naquela noite convenceu os proprietários do estabelecimento a recusarem a mais que generosa proposta do senhor Recarey.

- RD

 

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